Temas Transversais – Propostas Coletivas
Toda a Equipe Educativa
Alimentação: saúde e cultura
A fim de possibilitar
maior autonomia das crianças e aproximá-las da realidade com a qual
muitos convivem em casa, aproximar a comunidade da escola e propiciar
um momento mais calmo e agradável durante os momentos de
alimentação, ampliando suas oportunidades de expressão
reorganizamos estes momentos, bem como o espaço a eles destinado.
Nosso refeitório é
amplo com possibilidade de acesso ao auto serviço dos os
agrupamentos integrais e parciais.
Iniciaremos o ano com a
proposta de circulação de cestas de alimentos em que esta será
confeccionada diariamente na cozinha pelas cozinheiras, com amostras
dos alimentos in natura, já picados (ou não) e prontos para a serem
cozidos, os temperos utilizados para cocção dos alimentos,
acondicionados em saquinhos plásticos transparentes para que estes
possam ser explorados em diversas situações a que se apresentam
ex; cor /forma /textura/ aparência/entre outros.
Objetivos:
- Proporcionar oportunidades de cultivar novos hábitos e preferência permanentes referentes à alimentação;
- Desenvolver autonomia da criança, oferecendo condições de opção pelo alimento e pela quantidade a ser ingerida;
- Propiciar um maior contato com os talheres e a desenvoltura de habilidades básicas para o uso adequado dos mesmos a partir da observação dos pares e da orientação do adulto;
- Estimular a criança a se utilizar da alimentação servida na merenda.
- Reorganizar o ambiente de forma a possibilitar uma crescente autonomia na escolha dos alimentos
- Saber escutar as crianças, permitindo que tomem a iniciativa e também guiá-las de formas produtivas.
Conteúdos
- Noções de higiene em relação à alimentação de uma maneira geral e principalmente na hora da alimentação, como:
- lavar as mãos antes da refeição;
- cuidados para não derrubar alimentos na mesa e no chão;
- devolução do prato e talheres no lugar pré estabelecido pela unidade.
- Desenvolver atitudes com os alunos no que se refere a:
- postura ao se servirem e ao se colocarem à mesa;
- organização das mesas no momento da alimentação
- uso adequado dos talheres, de forma a evitar possíveis acidentes
- mastigação adequada dos alimentos (devagar e de boca fechada) para melhor aproveitamento dos nutrientes;
- respeito com o colega durante as refeições;
- aguardo da vez de servir-se;
- dosagem e escolha da própria alimentação, com autonomia;
Os professores
desenvolverão atividades pertinentes ao tema e aos hábitos
alimentares de uma forma geral, procurando sempre ouvir a criança,
fazendo registros de suas falas, com o objetivo de refletir e
identificar quais os interesses específicos do grupo diante dos
questionamentos e colocações que surgirem nas rodas de conversa.
- Roda de conversa sobre o preparo dos alimentos, cardápio, importância da higiene, uso adequado dos talheres;
- Organização de cantos na sala de aula para que as crianças brinquem de refeitório, de cozinha, de restaurante, enfim, propiciar temáticas que as estimulem a falar sobre o assunto e utilizar a linguagem do jogo simbólico como mais uma forma de expressão;
- Favorecer o contato das crianças com as cozinheiras, realizando visitas à cozinha e conversas com as profissionais;
- Desenvolvimento de atividades de culinária com as crianças, para que se sintam parte do processo;
- Desenvolvimento de atividades de culinária e degustação com os pais apresentando a temática e como ela está sendo desenvolvida na escola;
- Planejamento de momentos em que as crianças possam expressar o que estão achando do projeto
Por considerarmos que há
melhores condições de avançar quando se enfoca o processo de
conhecimento e por adotarmos uma postura que privilegia a criança
enquanto protagonista de seus conhecimentos nas relações
interpessoais e ambientais, novas etapas poderão surgir à medida
que o projeto estiver em andamento e forem sendo feitas as reflexões
sobre o processo.
Expectativas
de Aprendizagens específicas com cada grupo
O professor/ monitor
devem possibilitar experiências para a aquisição de novas
competências em relação ao ato de alimentar-se, sendo que
esperamos que ao final do ano, o aluno seja capaz de:
Agrupamento
1
- Segurar seu próprio copo
- Comer sozinha determinados alimentos (banana, por exemplo)
- Expressar o que deseja por meio de gestos, linguagem oral ou outras formas de expressão
- Utilizar os dedos em movimento de pinça
- Mastigar sozinha toda a comida
- Segurar a colher sozinha ao longo do processo de maturidade infantil
Agrupamento
2
- Servir-se de alguns alimentos, ainda que com a ajuda do adulto
- Utilizar a caneca e cumbuca de vidro para beber o suco e o leite, e comer frutas e bolos
- Utilizar o talher corretamente e ter a disposição outras opções de uso
- Expressar seus desejos durante o momento de alimentação
- Servir-se com autonomia crescente
- Saber descascar algumas frutas com as mãos
- Identificar alguns alimentos e seus gostos (doce, salgado, amargo, azedo)
- Identificar texturas e odores dos alimentos
- Nomear alguns alimentos
- Iniciar o uso do garfo e faca
- Ampliar suas capacidades de expressão
- Utilizar no dia a dia os conceitos de quantidade: pouco/muito/cheio/vazio
- Ampliar seu vocabulário em relação à alimentação
- Ampliar suas formas de expressão durante este momento
- Servir-se com autonomia
Ao
professor e monitor cabem:
- Acompanhar seu grupo de maneira organizada, ou seja, evitar correrias e algazarras até a mesa de apoio.
- Auxiliar aqueles que ainda apresentam dificuldades para se alimentar sozinhos, incentivando a sua autonomia
- Observar e orientar sobre a quantidade de alimento servido e intervir sempre que necessário
- Permanecer junto ao grupo observando os alunos e, orientando sobre o uso adequado dos talheres, sobre a forma de mastigar alimentos, auxiliando-os quando necessário;
- Observar e incentivar o consumo de todos os alimentos;
- Observar se há crianças que rejeitam a alimentação, investigar as causas e observar se há mudança de postura a partir das intervenções realizadas;
- Cuidar para que o ambiente durante a merenda seja harmonioso, onde as pessoas possam comer e conversar tranqüilamente;
- Realizar registros reflexivos sobre este o momento
- Zelar pela higiene do aluno antes, durante a após o momento das refeições
Ao
orientador pedagógico cabe:
- Organizar a avaliação do projeto uma vez por mês, nos TDCs , observando se estão ocorrendo mudanças comportamentais nos diversos grupos de alunos;
- Intervir, se necessário, apresentando propostas de soluções para os problemas que venham a surgir;
- Observar e acompanhar o momento de alimentação, realizando registros escritos e por meio de fotos e vídeos
- Refletir junto ao grupo de professores e monitores sobre os registros, fazendo as intervenções e orientações necessárias.
Ao
diretor e vice diretor cabem:
- A coordenação geral das atividades;
- Garantir as condições necessárias para as ações;
- Providências ao bom andamento do processo;
- Orientar os funcionários com relação às suas funções específicas
- Observar, acompanhar e registrar os momentos de alimentação, orientando quando necessário.
Aos
agentes Operacionais de apoio cabem:
- Colaborar quando necessário ou solicitado;
- Observar hábitos de higiene entre os alunos (jogar papel no chão/lixo, devolução dos utensílios no local previamente combinado) e orientá-los quando necessário;
- Cuidar da limpeza das mesas e cadeiras, ao término da refeição de cada turma ou durante as refeições, se necessário;
- Limpeza ou lavagem do refeitório, após o período da merenda
Aos
Auxiliares de Serviços Educacionais (Cozinheiras):
- Preparar as refeições de acordo com o receituário e cardápio fornecidos pela Diretoria de alimentação e nutrição
- Intervir junto aos alunos sempre que possível, incentivando-os a experimentar os alimentos e apresentando alimentos novos aos grupos
- Fornecer utensílios (talheres, canecas, pratos e conchas) para que a professora trabalhe em sala de aula com os procedimentos adequados para seu uso.
- Fornecer alimentos crus (Frutas, legumes e verduras) sempre que possível para que a professora realize trabalhos em sala de aula para o incentivo do consumo de alimentos saudáveis.
A avaliação do projeto
será contínua e realizada por meio da reflexão sobre registros
escritos, em vídeo e em fotos realizados pelos professores/
monitoras/orientadora , direção e vice diretor e demais envolvidos
no projeto. Será elaborado um portfólio que nos ajudará nestas
reflexões e reorganização de ações durante o processo para que
os objetivos sejam plenamente atingidos.
No desenvolvimento do
projeto, cada segmento da equipe escolar tem suas atribuições
definidas, para que os objetivos sejam amplamente atingidos.
Construindo uma teia de relações para segurança emocional da criança
O espaço de educação
infantil envolve adultos e crianças que saem das suas casas para, no
espaço escolar, estabelecer relações. Cada um trás junto de si a
sua história, a sua família, os seus “hábitos” e a sua forma
de agir com o outro. Na escola, entretanto, as crianças devem ser o
centro da ação pedagógica e de cuidado dos adultos que aqui estão,
isto tendo o limite do afeto que este consegue oferecer, da sua
concepção de criança e de educação, que interferem na forma que
este estabelecerá sua ação, e da quantidade de crianças por
adulto que consta nas resoluções da secretaria de educação. Neste
contexto existente carecemos de ações pensadas para a boa
con-vivência, para viver bem com o outro apesar das nossas
diferenças, para viver bem com o outro apesar de nossos limites,
para viver bem com o outro apesar das nossas diferenças de formação,
para viver bem com o outro apesar dos estados emocionais. Diante
disso estabelecemos alguns objetivos a serem atingidos pela equipe
escolar:
- Possibilitar à criança o reconhecimento da instituição como um espaço aberto ao seu desenvolvimento integral, complementando e ampliando seus conhecimentos já trazidos de casa.
- Estabelecer relação de confiança recíproca entre professores, monitores,crianças e famílias.
- Receber as crianças com atenção, afeto e cuidado.
- Acolher com atividades planejadas priorizando o lúdico e os momentos de interação.
- Amenizar a ansiedade e a dor da separação da criança com a mãe ou responsável.
- Estabelecer vínculo afetivo entre o educador e a criança, criança e criança.
- Cuidar e educar com respeito e afeto nos primeiros contatos da criança ao ingressar ou regressar à escola.
- Facilitar a socialização e a partilha entre as crianças.
Dessa forma para que os
objetivos sejam alcançados o plano de ação neste período requer:
Quanto ao professor/ monitor/, estes devem proporcionar um ambiente
agradável e acolhedor com diálogo, atividades lúdicas e prazerosas
as quais supram o processo de separação vivido pela criança, e que
estimule a individualidade, partilha e socialização, como músicas
e danças, jogos e brincadeiras, histórias dentre outras, dessa
forma o educador irá conquistar a confiança da criança e
conseqüentemente facilitará o processo de adaptação e
socialização da mesma, principalmente em se tratando da educação
infantil.
O professor/ monitor
nesse processo aparecem como mediadores principais no contexto da
adaptação à vida escolar. Assim como as crianças e os pais, nesse
momento, também passa pelo processo de adaptação, pois a cada ano
que se inicia novas experiências, novas crianças, novos pais serão
conhecidos. As expectativas são muitas:
Como serão as novas
crianças? Seremos bem aceitas(os) por elas? Será que elas confiarão
em nós? Ademais, a rotina de sala de aula e muitas vezes da própria
escola são modificadas diante das peculiaridades encontradas no
processo de adaptação
Enfim, o professor/
monitor são mediadores e tem que saber lidar com as expectativas
dos pais, ganhar a confiança das crianças e de seus familiares e
ainda, conduzir esse processo, além de trabalhar seus próprios
sentimentos.
“A área da
Educação Infantil possui especificidades que, na elaboração
curricular, exige estudos e reflexões aprofundados no que concerne à
educação dos bebês e das crianças pequenas”
Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil, 2012.
Para auxiliar nesse
processo e construir uma teia de relações para segurança emocional
da criança, cinco ações são gestadas:
1 - no sub tema
“Adaptação
e Inserimento”
propomos a organização de um período para o inserimento da criança
no espaço escolar, adaptando a estrutura escolar a criança e a
criança ao espaço coletivo organizado;
2 - no grupo de estudos
“Fios
e desafios: o trabalho com projetos em espaços coletivos de crianças
bem pequenas”,
pretendemos pensar o trabalho dos profissionais, enquanto adultos
responsáveis pelo cuidado e educação das crianças, para discutir
concepções e pensar nesta ação, direcionando a construção do
trabalho com projetos;
3 – O projeto
“Acolhendo
a Família e Aproximando a Escola da Comunidade”
tem por objetivo aproximar a família da escola e dos serviços
oferecidos pela prefeitura através de palestras.
4 – Para que esta
família tenha segurança e conhecimento sobre o que ocorre na escola
a unidade mantém o projeto “Acervo
e Divulgação de Materiais e Atividades didáticas”
que entre outros objetivos, pretende manter o blog da escola
funcionando;
5 – Por fim, a partir
do reconhecimento do valor que tem o contato da criança com animais
domésticos, o projeto em parceria com o MEDICÃO.
Adaptação e Inserimento
O período de inserimento
da criança ao ambiente escolar é desenvolvido de maneira gradual,
respeitando-se as etapas de avanço e as especificidades de cada novo
aluno. É um período muito importante, tanto para a criança como
para os pais. Constitui uma oportunidade de estabelecermos vínculos
afetivos dentro de uma convivência, que é diferente da familiar.
A forma de
acolhimento da criança pela escola deve favorecer uma permanência
tranqüila, agradável e segura, o que depende da maneira como o
adulto se relaciona e demonstra suas emoções perante a criança.
Essa demonstração de afeto, sendo sincera e espontânea, abre um
canal de confiança, respeito e compromisso entre
criança-família-educadores. Sentimentos de insegurança, medo,
angústia e abandono fazem-se presentes nos momentos de entrada,
saída e adaptação dos pequenos e a forma de convivência com os
adultos é que suavizará ou mesmo neutralizará tais sentimentos.
A hora de ir
embora, por exemplo pode ser um momento de longa espera, se o adulto
não estiver com a atenção voltada para o sentimento de ansiedade
que a criança pode estar vivenciando quando percebe que os pais dos
seus colegas vêm buscá-los e os seus não. É o momento de crianças
e educadores estarem envolvidos, por exemplo, em atividades
prazerosas, já planejadas para este fim.
O período de
adaptação não constitui um conflito apenas para a criança mas
também para os adultos, pais e educadores. Os pais podem sentir
ansiedade, angústia e sentimento de culpa por ter de deixar seu
filho na escola; já os educadores freqüentemente têm que lidar com
uma expectativa frente ao desconhecido grupo de crianças que
receberá sob seu cuidado. Portanto, o período de adaptação deve
ser planejado para que gere um clima de confiança e para que ocorra
sem pressa, respeitando-se o ritmo da criança. Por exemplo, pode-se
adotar a estratégia de permitir à criança trazer objetos de
estimação com os quais está acostumada e que lhe dão segurança.
(Curriculo em Construção)
Durante este período é
comum que todos se sintam ansiosos para que tudo caminhe bem.
Muitas crianças que iniciam a Educação Infantil vivem pela
primeira vez a experiência de estar por algumas horas longe da
família e da proteção que a própria casa representa. Por isso
planejamos os agrupamentos de forma a considerar as crianças e suas
necessidades específicas. Mesmo para as crianças que já frequentam
a escola e que conhecem os colegas e os educadores, ficam
inseguros.
Por este motivo
acreditamos que as crianças necessitam da primeira semana para a
criação de vínculos com os profissionais da escola.
Em reunião com a
comunidade faremos uma exposição das especificidades de cada faixa
etária que serão recebidas em nossa Unidade.
Buscaremos através deste
trabalho, propiciar um ambiente acolhedor através da conversa com as
crianças no dia-a-dia a cada momento, observando atentamente o
comportamento de cada criança ouvindo-a com atenção, cantando
músicas infantis mesmo que a criança ainda não acompanhe, pois
elas se fascinam com as melodias, organizar uma rotina sem muitas
alterações inicialmente, pois a regularidade das ações traz
segurança para as crianças.
O período de adaptação
das crianças foi planejado dia-a-dia com atividades que suprissem os
anseios e expectativas, possibilitando dar segurança promovendo um
ambiente tranquilo e acolhedor nesse novo contexto.
Fios e Desafios: O Trabalho com Projetos em Espaços Coletivos de Crianças Bem Pequenas
Formadores
responsáveis:
Profa.
Luciana Bassetto
(CHP
– Carga de Horário Pedagógico)
PEB I –
efetiva – carga horária 32 h/a;
CHP –
4ª. Feira das 11:00 às 11:50 e das 12:40 às 15:10;
TDC –
5ª. Feira 11:00 às 12:40;
TDI –
2ª. Feira 11:00 às 11:50 – CEI “Pezinhos Desacalços”.
Orientadora
Pedagógica Iara Juliano
Introdução
Qual o ponto de partida? Por onde começar? Onde
queremos chegar?
Essas indagações pautam com insistência as reflexões
daqueles educadores que pensam em trabalhar com projetos.
Mas, o que são projetos na educação infantil? O que
uma criança bem pequena vai propor para começar um projeto?
São tantos questionamentos diante de uma proposta de
trabalho pedagógico por projetos, que a angústia do educador diante
da turma, diante do planejamento a ser escrito fica evidente, e não
raro chega a imobilizar ou desistir, pois não sabem por onde ir...
A proposta de trabalhar com projetos em turmas de
crianças bem pequenas exige de cada educador, um exercício contínuo
de sensibilização do olhar. Saber observar o grupo dos bem
pequenos, suas intenções/ações, seus gostos, conversar,
olhares...
“Entende-se como projeto
aquele trabalho em que a escolha do objeto de estudo irá partir da
realidade em que o grupo de bebês e crianças pequenas está
inserido, aquilo que irá despertar curiosidade, a vontade de
investigar, de conhecer mais profundamente, de olhar, de sentir, de
experimentar o entorno.”1
Nessa perspectiva, a viabilização do trabalho com
projetos prevê como essencial as trocas entre os pares dos
educadores da unidade de atendimento, bem como uma gestão que tenha
o entendimento e se aproprie do significado dessa concepção
pedagógica. Não é uma tarefa fácil, uma vez que implica em
mudança de paradigma. Agora, quem irá indicar os caminhos a serem
percorridos durante o ano letivo serão as crianças. Ao educador,
cabe realizar a leitura de seus desejos e interesses e traçar fios
condutores que irão enriquecer as experiências das crianças diante
daquilo que mobiliza, que salta aos olhos.
O trabalho com projetos pede também por uma escola que
entenda e assuma o compromisso de ter um eixo condutor. Esse eixo irá
tecer fios para que os encaminhamentos dos projetos de cada sala se
encontrem, cruzem, complementem.
Mas, como? Tal eixo deve estar articulado com a
comunidade na qual a escola está inserida, pois dessa forma
incluímos as famílias, dando significado ao que é desenvolvido
dentro da escola e ultrapassando seus muros, conduzindo os fios na
apropriação do entorno da unidade.
“Os projetos possibilitam a
integração entre as turmas da Unidade Educacional e a comunidade,
uma vez que as vivências envolvem o cotidiano da Educação Infantil
e transbordam os espaços das instituições educativas.”2
O eixo condutor pode ser definido pela equipe escolar
junto ao conselho de escola, sabendo que os elementos desse eixo
serão eleitos a partir da leitura dos interesses da criança no
entorno onde a escola está inserida. Será desse eixo que sairão os
projetos desenvolvidos em cada sala, que por conseqüência natural
estarão articulados entre si e por sua vez, a comunidade local.
No livro “Arte, Memória e Meio Ambiente”3,
as autoras relatam uma experiência significativa dessa proposta com
projetos. Contam de um trabalho pedagógico em um Centro Municipal de
Educação Infantil em Campinas (CEMEI), onde por meio de estudo e
empenho intenso da equipe escolar realizaram um projeto no ano de
2004, onde essa concepção teve origem e tomou forma. A partir desse
trabalho, outros mais se originaram, embora não mais relatado em
publicações, mas todos registrados nos projetos pedagógicos da
escola, em exposições na comunidade do entorno da escola, em
comunicações nos encontros da Rede Municipal de Campinas.
Pautado na experiência desse CEMEI e nos desdobramentos
que dele resultou, esse Grupo de Trabalho tem como objetivo
desenvolver a mesma proposta no CEI “Pezinhos Descalços”,
entendendo que os fios a serem tecidos nesse grupo terão as marcas
daqueles que o compõe, bem como as características do entorno onde
o CEI está localizado.
Objetivo:
refletir sobre a prática pedagógica com projetos no CEI “Pezinhos
Descalços” com a possibilidade de introduzir a proposta durante o
ano letivo de 2014 em todos os agrupamentos e posteriormente
incorporá-la no Projeto Pedagógico de 2015.
Ementa:
trabalho com projetos pedagógicos. A
definição do eixo do projeto – apropriação do entorno da
unidade. Escola e Comunidade no desenvolvimento do projeto. As
temáticas oriundas do eixo norteador. Possibilidades de trabalhos a
partir das definições das temáticas. Os percursos dos projetos. A
integração entre os agrupamentos. O papel da gestão no trabalho
com projetos. A definição do produto final do projeto. As formas de
registro.
Público
Alvo: prioritariamente os educadores do CEI
“Pezinhos Descalços” e seguido por demais profissionais da SME
de Educação Infantil.
Vagas:
10 por turma.
Cronograma/carga
horária: encontros semanais durante o ano
letivo dividido em dois módulos -
Módulo
I – 60 horas – 1o. Semestre de 2014;
Módulo
II – 60 horas – 2o. Semestre de 2014.
Dia/horário:
Turma
A - 4ª. Feira – 10:00 – 12:00 hrs;
Turma
B – 4ª. Feira - 13:00 – 15:00 hrs;
Justificativa:
a prática pedagógica com projetos está contemplada nas Diretrizes
Curriculares da Educação Infantil do Município de Campinas. Faz-se
necessário que os educadores da Rede Municipal tenham um espaço de
reflexão/ação sobre essa prática de forma que gradualmente ela se
incorpore no cotidiano das Unidades de Atendimento. Nesta perspectiva
esse grupo vem propor um espaço que garanta esse processo reflexivo,
pautado na literatura que versa sobre o assunto, nas Diretrizes
Curriculares do Município de Campinas, bem como nas experiências4
dos educadores que já atuam e virão a atuar na prática pedagógica
com projetos.
Bibliografia
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Fernanda M.; LAMBIASI, Claudia V. A. Araujo. Onde
cabe todo o mundo: o
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Faculdade de Educação: 2009. (mimeo)
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Artes Médicas, 2006.
BARBOSA,
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Cotidianas na Educação Infantil – bases para a reflexão sobre as
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Jorge Larrosa. “Notas sobre a experiência e o saber de
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FARIA, Ana
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PÁTIO
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PRÓ-POSIÇÕES/Universidade
Estadual de Campinas. Faculdade de Educação.
Dossiê Interlocução Possível: arte e ciência na educação da
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PRO-POSIÇÕES/Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação. Dossiê Bebês e Crianças Bem Pequenas em Contextos Coletivos de Educação. Campinas, SP, vol.24, no.03, set./dez. 2013.
SCHMITT,
Rosinete V. “O encontro com bebês e entre bebês: uma análise do
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Sonia (Orgs.). Educação Infantil:
enfoques em diálogos.
Campinas (SP): Papirus, 2011.
Acolhendo a Família e Aproximando a Escola da Comunidade
Professora
responsável: Lindsey
Carvalho Vieira (HP – Horário Pedagógico)
Objetivos
- Acolher as famílias para que tenham participação efetiva dentro da escola;
- Conhecer o histórico familiar e vivências de cada criança em seu ambiente familiar;
- Facilitar a comunicação entre escola X família;
- Fazer com que as famílias encarem a escola como sua aliada, não como inimiga;
- Aumentar a confiança dos familiares de cada criança na escola;
- Instruir e levar o conhecimento as famílias através de palestras informativas mediante as necessidades observadas pela professora na comunidade;
- Oferecer apoio às famílias orientando-as de maneira eficaz e efetiva sobre assuntos que serão levantados durante o decorrer do projeto de seu interesse;
- Formação familiar no contexto dos serviços comunitários;
- Formação familiar no desenvolvimento infantil trabalhando os seguintes temas:
-
- Alimentação
- Cuidados
- Higiene
- Autonomia
- Linguagem oral
- A importância do brincar na formação da criança
- A nova configuração da família no mundo pós-moderno
- O papel da educação infantil na formação de um ser humano saudável.
Justificativa
Temos visto
demasiados casos em que as famílias entram em guerra com a escola,
isso ocorre por falta de confiança e desconfiança perante algumas
regras impostas pela escola na hora de acolher e buscar o bem estar
para cada criança.
Muitas famílias não
concordam com o ponto de vista da escola e vice-versa, porém, o que
ambos precisam entender é que os dois tem o mesmo objetivo “o bem
estar de sua criança” visto muitas vezes de maneiras diferentes.
O que podemos fazer
para tornarmos as famílias nossas aliadas? Qual será a melhor
maneira de nos aproximarmos e tornarmos efetiva nossa parceria? Este
projeto tem o papel de facilitar o contato e o convívio entre a
família e a escola, trazendo-os para perto através de conversas,
palestras, orientações e parcerias em festas, reformas e ideias
para melhorias em nosso ambiente escolar com a participação das
famílias que compõem a clientela assistida por nossa unidade
escolar.
Este projeto visa
acima de qualquer coisa aproximar as famílias de alguns serviços
comunitários oferecidos pela comunidade que por muitas vezes são
desconhecidos como, por exemplo, orientações sobre a reciclagem,
como evitar a dengue, entre demais temas que compõem nosso eixo
norteador deste ano que é “meio ambiente e sustentabilidade”.
Publico
Alvo
Famílias, amigos e
comunidade próxima dos alunos atendidos nesta unidade escolar.
Cronograma
das Atividades Semanais
Segunda
- feira
|
Terça
- feira
|
Planejamento
e organização de questionário/ palestras/ oficinas a serem
aplicados com as famílias, amigos ou comunidade.
|
Atendimento,
palestra e conversa com as famílias, amigos e comunidades, já
agendados com antecedência.
|
1
hora aula
|
1
hora aula
|
Local
de Realização
O
Projeto será realizado no CEI “Pezinhos Descalços”
-
ParticipanteTempo PedagógicoHorários/DiasTotal de Horas SemanaisLindsey Carvalho VieiraHP11h30 – 12h202h/a semanais2ª feira, 3ª feira e 4ª feira
Acervo e Divulgação de Materiais e Atividades didáticas
Professora
responsável:
Roberta
H. Piccolotto Guariglia (HP
– Horário Pedagógico)
Objetivo
- Promover a comunicação entre escola e comunidade.
- Ampliar a divulgação das atividades dos agrupamentos em blog da unidade.
- Divulgar experiências positivas das atividades dos agrupamentos .
- Compartilhar ideias e experiências com os projetos perante a comunidade escolar e demais interessados
- Resgatar os momentos da infância e suas descobertas
- Estimular os profissionais da educação a utilizarem o blog como ferramenta de divulgação de seus trabalhos
Justificativa
O
trabalho com crianças exige conhecimentos que vão além das
respostas dadas em uma prova de concurso público. É necessário
desenvolver habilidades, sensibilidades, construir conhecimentos e
repertórios para trabalhar com crianças, principalmente, se se visa
uma educação de maior qualidade. Tendo em conta que na unidade do
CEI Pezinhos Descalços entraram cinco novos Agentes de Educação
Infantil neste ano, se faz necessário o acompanhamento e auxilio
quanto ao trabalho dos mesmos. Não que se pretenda homogeneizar o
trabalho com as crianças, mas oferecer subsídios para cada
profissional ir construindo a sua prática de maneira solidária.
É importante considerar que o
GEM nem sempre consegue suprir esta demanda, por conta da resolução
que permite seu cumprimento em cursos externos a unidade e por conta
da sobrecarga de trabalho que ocorre quando a Orientadora Pedagógica
atua em duas unidades com realidades e necessidades distintas.
Este
trabalho de gerar materiais e de acompanhar o trabalho educativo pode
ser enriquecido se conseguir vencer os muros da escola e das salas,
até alcançar ao menos parte das famílias das nossas crianças e os
demais educadores. Uma das formas disto se realizar seria através de
um blog. O blog em questão já existe por iniciativa de duas
professoras, mas ainda não é utilizado de forma generalizada pelas
demais turmas. Esta generalização permitiria a divulgação das
atividades realizadas, oferecendo uma forma virtual de conhecer
experiências positivas de cada agrupamento.
Público
alvo
Todos os educadores da unidade
que poderão utilizar os materiais selecionados, mas principalmente
os Agentes de Educação Infantil que foram recém impossados no
cargo, e os familiares das crianças que autorizarem o uso da imagem.
Cronograma
de Realização
Mês
|
Atividades Blog
|
Abril
|
Recolher autorização de uso da imagem;
Reorganizar o blog;
|
Maio
|
Reunião com a comunidade para apresentar o
blog
Reunião com os educadores para organizar a
entrega das fotos e a indicação de situações a serem
retratadas;
|
Junho-Julho
|
Inserir fotografias com descrições das
atividades.
|
Agosto
|
Inserir fotografias com descrições das
atividades.
Organização de enquete com as famílias;
|
Setembro
|
Inserir fotografias com descrições das
atividades.
|
Outubro
|
Inserir fotografias com descrições das
atividades.
Confecção de vídeos nas salas para postar no
blog
|
Novembro
|
Inserir fotografias e vídeos com descrições
das atividades.
|
Dezembro
|
Inserir fotografias com descrições das
atividades.
Avaliação do uso do recurso.
|
Local
de Realização
Quinta
-feira
|
Quinta-feira
|
Trabalho
de seleção de materiais e organização de arquivos na escola.
|
Trabalho
de construção do Blog em casa.
|
1hora
aula
|
4
hora aula
|
Campinas, 26 de março de 2014
Medicão na Escola: Interação Entre Crianças E Animais No Centro De Educação Infantil
INTRODUÇÃO
Neste
ano, com a mudança de perfil de nossa comunidade escolar e a
necessidade do trabalho de inclusão de todas e de cada uma de nossas
crianças, assim como de seus familiares, a Orientadora Pedagógica
propôs uma parceria com o projeto MEDICÃO, proposta que foi
acolhida pela equipe educativa da unidade escolar.
O
Projeto MEDICÃO se refere ao trabalho de visitas com cães e/ou
outros animais, normalmente em hospitais, centros pediátricos, casas
de repouso,
centros de tratamento psiquiátricos,
visando estabelecer uma relação entre pessoas, que se encontram em
situações fragilizadoras, com animais selecionados. Situação que
pode proporcionar
momentos de entretenimento, prazer e alegria, ao
trazer para aquele indivíduo uma experiência diferente da
austeridade do ambiente hospitalar, diminuindo o estresse de
pacientes e acompanhantes.
A
proposta de trazer este Projeto para um Centro de Educação Infantil
se remete a estudos de comportamentos das crianças em diferentes
espaços, aonde se verifica que, quando esta mantém contato
especificamente com um cão, ela se sente amada, compreendida e
considerada, porque o mesmo não lhe pede satisfações e está
sempre disponível para a interação. Muitas crianças estabelecem
uma relação com o cão como se esse fosse o seu confidente e, as
emoções e afetos que mobilizam e partilham fazem com que, entre
eles, se desenvolva uma intensa afeição.
JUSTIFICATIVA
Pesquisas revelam que
crianças de famílias que possuíam animais tinham um nível
superior de desenvolvimento cognitivo, social e motor. Esse elo com o
bicho de estimação além de aumentar a competência da criança e
seu sentimento geral de que é justa e confiável, pode ter impacto
(ainda que pequeno), mas, positivo no desenvolvimento da
inteligência. Nesse estudo Poresky constatou que aquelas crianças
que tinham pontuações mais altas, em sua Tabela de Vínculo com um
Companheiro Animal, eram também as que alcançavam uma média
superior de 5 (cinco) pontos nos testes de Q.I.. Além disso, os pais
de crianças que frequentavam o jardim de infância, muito apegadas a
seus bichos de estimação, relatavam menos problemas de
comportamento.
Dentro do processo de
desenvolvimento infantil, a criança que tem contato com animais é
estimulada, em seis aspectos: afetivo, linguagem e social,
neurossensório-motor, intelectual-escolar.
Aspecto
afetivo
É fundamental, na
infância, o desenvolvimento de sua afetividade para tornar-se um ser
compreensivo e sociável e, isso inclui no entendimento teórico e
prático o cuidar ou ajudar a cuidar de outro ser.
Acreditamos que, quando a
criança é estimulada pelos pais, familiares e pela escola
(educadores e colegas) para este fim, o pequeno se vê no papel de
cuidar, dividir, dar carinho ao próximo.
Tendo como princípio que
no relacionamento entre criança-animal sempre haverá reciprocidade,
no que diz respeito ao afeto, amor, concluímos que os laços de
amizade e afeto tenderão a se estreitar cada vez mais. Com esse laço
afetivo objetivamos tornar a criança mais amorosa, generosa,
tornando-se referencia positiva para seus pares, os quais se sentirão
motivados a cuidar (zelar/respeitar) dos animais e do próximo;
No
aspecto linguagem e social
Quando a criança entra
em contato com um animal desenvolve a necessidade de exploração
tátil, visual, motora e verbal, estimulando a construção e
enriquecimento do vocabulário, contribuindo para melhoria de sua
articulação e fluência, organização de pensamento e comunicação
verbal e não verbal em suas relações sociais. Isso posto, ao
trabalhar com esse aspecto, objetivamos a construção e
enriquecimento do vocabulário de forma organizada, desenvolvimento
sensório motor e, ampliação e aprimoramento das relações sociais
coletivas e individuais.
Aspecto
Neurossensório-motor
Quando há uma interação
entre o animal e a criança ao abraçar, beijar, acariciar, montar (
no caso de animais de montaria – cavalo, burro, pônei, etc),
correr, brincar de jogar bolinha para o gato ou ossinho para o cão '
trazer', dar comida na mão para os pássaros, alimentar uma
tartaruguinha ou um peixe, entre outras situações, objetiva-se
proporcionar à criança a conhecer seu próprio corpo, aprendendo a
conduzir-se com equilíbrio, a desenvolver sua orientação espacial,
a desenvolver a tonicidade muscular, assim como sua coordenação
‘dinâmico-motora’ e ‘visual-motora’, referente à percepção
de imagens e seus aspectos visuais e táteis;
Aspecto
Intelectual/ Escolar
A criança pequena
estará a desenvolver seu raciocínio lógico, o que nos remete
lembrar e correlacionar com o desenvolvimento neurossensório-motor,
no que se refere à percepção da imagem, quanto seu tamanho,
formato, profundidade e distância; E, também, sobre questionamentos
de horários pré-estabelecidos, quantidade e iniciativa. Como por
exemplo: quando devo alimentar meu animal e quanto de alimento devo
dar?; Quando devo trocar sua água?; Quais os dias que posso sair
para passear com ele e qual o tempo necessário para que ele não se
canse muito, mas consiga descarregar as energias?'; entre outros.
Essas ações, levam ao desenvolvimento da reflexão e ‘observação’
que contribuirão para que a criança desenvolva sua criatividade,
agilidade, tornando-se assim um sujeito mais autônomo.
Uma boa prática de
ensino, para tais situações, é o professor como mediador conversar
sobre a relação entre as necessidades dos animais com as
necessidades das crianças, como: sentir fome, gostar de tomar água
fresquinha, não gostar que seu ambiente fique sujo, gostar de
brincar, sair para passear, gostar de carinho, amor, etc.
Quando os cães entram em
contato com crianças e adolescentes, estas interagem mais com as
pessoas, ficam mais calmas, aumenta a auto-estima, mostram melhoras
quanto à agressividade e até fazem vínculo com os cães.
Temos relato de uma
“professora” que quando uma criança, que já teve contato com um
cão, se apresenta ansiosa é só mencionar o nome de um dos animais
que visitam a escola que ela se acalma e conversa sobre algo de sua
vida ou de situações do cotidiano em que é protagonista. O
imaginário também é trabalhado de forma lúdica e interpretado
como benefício à saúde da criança e desenvolvimento global
estabelecendo pontes de saberes dentro de sua realidade.
Educação
Especial
As crianças com autismo
no ambiente escolar apresenta intensa ansiedade devido a situações
de socialização e vitimização em relação a seus pares, a
presença de um animal de estimação neste contexto permite que a
criança autista possa reduzir a ansiedade e diminuir a rotina
artificial de percepção desenvolvida por ela mesma. Dessa forma a
criança autista poderá sentir-se mais à vontade e aberta a
abordagens de socialização.
Pesquisas demonstram que
uma criança autista que não tinha nenhum contato visual com humanos
manteve e mantém até hoje o contato visual e a interação com um
determinado cão. Nossa intenção é poder, mais tarde, entrar nesta
relação e fazer com que o animal seja uma ponte para a vida social.
Como Também a criança com autismo Asperger, já foi comprovado que
Ao conviver com o cão, passou a responder de forma melhor aos
estímulos sociais e a expressar emoções de forma mais intensa, ou
seja, os sintomas foram amenizados.
METODOLOGIA
Desenvolveremos visitas
semanais ou quinzenais (a fechar) com interação sistemática e
progressiva dos agrupamentos, com apoio dos professores/ monitores e
monitor guia, por período - manhã e tarde , na CEI e apresentação
do animal em toda a sua potencialidade.
Para tanto apresentamos
um levantamento de situações relevantes e possíveis de contato
inicial das crianças, das professoras e funcionários além dos
familiares com o cão guia.EX: como iniciar este contato?
- trabalho pedagógico
com a turma/ família / equipe educativa da escola a respeito do
nosso visitante (cão e seu cuidador) com foco na frequência e
permanência como visitantes mais frequentes em nossa CEI.
- circular com o cão de
forma segura e criativa
- trabalhar suas
características e motivar as crianças a estabelecer um contato
físico com ele( cão)
- proporcionar momentos
agradáveis de exploração do animal de forma lúdica com respeito a
todos os seres envolvidos.
Registro: através de
observações, fotos, filmagens, relatos do cotidiano vivido pelas
próprias crianças e seus familiares.
Avaliação: ocorrerá
no processo e a cada situação nova , nos TDCs e reunião de pais
abordaremos o assunto para esclarecimentos se houver necessidade.
OBJETIVOS
- Tornar a criança mais ativa, participativa, atenciosa, carinhosa, sem restrições em aceitar o outro em suas diferenças, seguras, afetivas, generosas e responsáveis;
- Desenvolver a capacidade de cuidar de seus animais, estimulando a capacidade de desenvolver vínculos afetivos;
- Oferecer uma relação em que percebam a dependência com relação a outro ser, de como eles precisam delas para viver e serem amados.
- Estimular, desde cedo, as crianças a se sentirem mais confiantes, autônomas e, com certeza, mais responsáveis com relação ao outro;
- Auxiliar a adaptação das crianças ao espaço do Centro de Educação Infantil;
- Possibilitar um trabalho alternativo das crianças acompanhadas pela educação especial;
- Permitir o trabalho de integração família-escola tendo a mascote como elo desta relação.
- CRONOGRAMA
PREVISÃO
|
AÇÃO
|
RESPONSAVEL
|
ABRIL
|
1
- Reunião com família, solicitando autorização para
participação no projeto;
2
- Programação das datas, atividades preparatórias para as
visitas e atividades após as visitas;
3 - Início das
visitas semanais ou quinzenais.
|
1 – Direção e
Orientadora Pedagógica;
2 – Orientadora
Pedagógica e Educadores;
3 – Coordenador do projeto MEDICÃO e
educadores.
|
MAIO
|
1 - Visitas
semanais ou quinzenais.
|
1 – Treinador do MEDICÃO e educadores
|
JUNHO
|
1 - Finalização
dos trabalhos do semestre e avaliação do projeto, para fins de
replanejamento.
|
1 – Direção, Orientadora Pedagógica,
Educadores e o coordenador do projeto MEDICÃO.
|
AGOSTO
|
A ser estabelecido em junho
|
|
SETEMBRO
|
A ser estabelecido em junho
|
|
OUTUBRO
|
A ser estabelecido em junho
|
|
NOVEMBRO
|
1 - Finalização
dos trabalhos do semestre e avaliação do projeto, para fins de
replanejamento.
|
1 – Direção, Orientadora Pedagógica,
Educadores e o coordenador do projeto MEDICÃO.
|
BIBLIOGRAFIA
ANIMAIS e Saúde. Disponível em: <http://www.anthrozoo.org/anthrozoo4.html>. Acesso em: 10 mai. 2004.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO. Bichos que Ajudam a Curar. Universidade de Brasília, Brasília. Disponível em: <http://www.unb.br/acs/acsweb/releases/pet_terapia.htm>. Acesso em: 23 fev. 2004.
BECKER, Marty; MORTON, Danelle (2003). O Poder Curativo dos Bichos. 1a ed. São Paulo: Bertrand Brasil.
BICHO: Faz bem ter um. O
Globo, Rio de Janeiro, p. 8, 3.ago.2003.
BICHOS Aliviam Tensão Humana. Folha da Manhã, Campos dos Goytacazes, p. 5, 16.mar. 2003.
BITENCOURT, R. Cinoterapia. Disponível em: <http://www.pitbullclub.com.br/cinoterapia.htm>. Acesso em: 25 mai. 2004.
CARVALHO, V. F. Convívio com Animais é um Recurso Terapêutico. Disponível em: <http://www.kennelclub.com.br/>. Acesso em: 15 mar. 2004.
COMPORTAMENTO/ Psicologia Canina. Disponível em: <http://labrador.no.sapo.pt/comportamento.htm>. Acesso em: 20 mar. 2004
Davis, Tom (2003). Por que os cães são assim? São Paulo: Publifolha.
BICHOS Aliviam Tensão Humana. Folha da Manhã, Campos dos Goytacazes, p. 5, 16.mar. 2003.
BITENCOURT, R. Cinoterapia. Disponível em: <http://www.pitbullclub.com.br/cinoterapia.htm>. Acesso em: 25 mai. 2004.
CARVALHO, V. F. Convívio com Animais é um Recurso Terapêutico. Disponível em: <http://www.kennelclub.com.br/>. Acesso em: 15 mar. 2004.
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Davis, Tom (2003). Por que os cães são assim? São Paulo: Publifolha.
Educação Ambiental e Sustentabilidade
Considerações acerca de
uma proposta de trabalho com vínculo ao meio ambiente
É nos primeiros anos de
vida que o indivíduo passa por um intenso processo de
desenvolvimento físico, afetivo cognitivo e social em que são
constituídas as bases para o desenvolvimento de sua personalidade e
aprendizado que levará para a vida toda.
Ao Pensarmos na educação
infantil dentro de um cenário urbano, verificamos que a sociedade
contemporânea tem distanciado a criança do contato com a natureza.
Existem vários motivos para isso: a violência, os espaços exíguos
das moradias, nos bairros periféricos distantes de serviços e
espaços de lazer das classes D e E com pouco investimento de infra
estrutura urbana, moradias fechadas em condomínios praticamente
isolando os seus moradores de um contato livre com a natureza e
sempre condicionada à vigilância.
Devemos refletir também
a condição dessa criança que vive neste tempo pós moderno
afinada em um mundo digital, enquanto suas brincadeiras resumem-se em
ficar em casa, assistir televisão, brincar com aparelhos eletrônicos
e se distanciar cada vez mais do contato com a natureza e do mundo. A
globalização promoveu o individualismo institucionalizado, e hoje
devemos na escola refletir sobre o contexto escolar neste quesito.
O mundo é composto por
interfaces: o computadores e seus softwares estão presentes na vida
de todos nós, os objetos do cotidiano interagem com as pessoas
dentro de um o espaço físico externo e interno (natureza e espaço
humanizado). Cabe a todos nós da escola projetarmos propostas de
trabalho para que o mundo seja explorado e apresentado à criança e
possa comunicar com ela de forma prazerosa, com possibilidades de
exploração de saberes e descobertas de conhecimentos,
fortalecendo-os de forma a constituir um indivíduo reflexivo no
mundo e seguro de si mesmo.
Enquanto o mundo
aparta-se o humano de um contato direto com a natureza dando à ela
uma comunicação e interação digital sabemos que ao mesmo tempo
que a criança aprende em contato com o outro, com as trocas de
experiências trazidas por ela e de seu convívio no espaço mundo .
Cabe a escola fazer uso disso tudo e aproximar as experiências
através de momentos desafiadores, lúdicos, significativos e
interativo.
Pensamos em projeto
pedagógico que proporcione uma interface cultural em dialogar com os
espaços do mundo, de modo a explorar a riqueza presente em todos os
seres e coisas.
Para tanto o espaço é
considerado como várias frentes: dimensão física, funcional,
temporal e relacional.
O ambiente escolar atua
de forma considerável na primeira infância uma vez que ao iniciar
esta nova etapa de vida, a criança muda consideravelmente sua
perspectiva de rotina, ampliando as relações sociais culminando
em diferentes aprendizados, conhecimentos e saberes.
ATUAÇÃO NA FUNÇÃO
DE CADA PROFISSIONAL
À
equipe educativa cabe:
Reconhecer o espaço
externo e interno como meio ambiente passível de ser explorado como
ferramenta educativa para uma prática ambiental .
Onde
estamos?
Para
onde queremos ir?
Quais
devem ser as nossas primeiras modificações?
Como
podemos atingi-las?
Como
podemos fazer isso?
Como
saberemos que atingiremos nossas intenções?
Podemos
propor desafios? Quais?
Como
reconhecer a contribuição e o trabalho de todos os envolvidos?
Ao
professor e monitor cabem :
- Comprometerem-se com o projeto
- Planejar o uso dos espaços de forma desafiadora
- Ampliar o tempo de uso do parque externo com intencionalidade
- Garantir possibilidade de várias atividades ao ar livre sejam elas sensoriais, exploratórias de chão/solo,
- Observar e explorar os diferentes organismos ou micro sistemas,
- Promover a conquista de autonomia em detrimento da tutoria,
- Ampliar os objetivos de atuação das crianças neste espaço deixando claro nos planos que o espaço externo é uma extensão da sala de aula.
- Despertar a curiosidade de observação deste espaço em que as pessoas, os organismos vivos( plantas, insetos, pássaros, entre outros) também partilham o mesmo).
- O plano deve estar aberto para mudanças contínuas e progressivas dependendo do aprendizado da turma.
- Organizar as atividades externas em plena harmonia com outros espaços
- Planejar atividades crescentes em suas dificuldades e problematizações estimulando as crianças em seu desenvolvimento.
- Ampliar o conhecimento das famílias quanto ao uso deste espaço externo e interno .
- Fazer uso dos objetos, brinquedos em sua potencialidade.
- Registrar e avaliar no processo as atividades propostas das crianças em ação
- Planejar aulas passeio a fim de ampliar o repertório cultural privilegiando diferentes espaços externos e vincular á diversidade ambiental.
Ao
diretor e vice cabem:
- Cuidar manutenção dos equipamentos brinquedos e objetos de uso coletivo consertos e ampliação do acervo externo.
- Viabilizar o uso do espaço externo de forma segura dentro e fora da escola
- Acompanhar o desenvolvimento das ações a fim de ampliar junto à equipe da escola novas oportunidades de exploração do espaço externo.
- Estimular as práticas de trabalho pedagógico no meio externo.
- Registrar e avaliar junto à equipe educativa
À
Orientadora pedagógica cabe:
- Acompanhar o desenvolvimento das ações pedagógicas a fim de ampliar junto à equipe de professores e monitores novas possibilidades de trabalho pedagógico de exploração do espaço externo.
- Ajudar no planejamento específico por agrupamento
- Estimular a escrita dos planejamentos de forma a centrar a criança fazendo uso dos espaços de forma desafiadora
- Estimular o uso do espaço externo na sua potencialidade pedagógica
- Acompanhar o trabalho pedagógico no espaço externo
- Registrar e avaliar junto à equipe educativa
- Buscar no processo das ações educativas aporte teórico com vistas à formação;
- Buscar e promover o engajamento da equipe educativa
À
equipe de apoio (limpeza) cabe:
- Garantir a limpeza e cuidado dos espaços interno e externos da escola,
- Garantir a limpeza dos equipamentos pertinentes a cada ambiente
- Ampliar a interlocução com a equipe educativa a respeito da manutenção e materiais de limpeza adequados para uso nestes espaços.
- Suporte à equipe de professores e monitores
- Avaliar junto à equipe educativa
À
equipe da cozinha cabe:
- Apoiar quando necessário as ações educativas no espaço externo( nos momentos em que a degustação e refeição for realizada no espaço externo).
- Avaliar junto à equipe educativa
Ao
vigilante cabe:
- Atuar de forma a exercer seu papel de vigilância quanto ao patrimônio e zelar pela segurança das pessoas presentes na escola.
- Avaliar junto à equipe educativa
BIBLIOGRAFIA:
Pátio
Educação Infantil: publicação trimestral, nº 34, ano XI,
janeiro/Mar 2013.
1
CAMARGO, Miriam Benedita de Castro (org.). DIRETRIZES
CURRICULARES DA EDUCAÇÃO INFANTIL PÚBLICA: um processo contínuo
de reflexão e ação.
Prefeitura Municipal de Campinas. Secretaria Municipal de Educação.
Departamento Pedagógico. Campinas, SP: 2013. P. 19.
2
CAMARGO, Miriam Benedita de Castro (org.).
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO
INFANTIL PÚBLICA: um processo contínuo de reflexão e ação.
Prefeitura Municipal de Campinas. Secretaria Municipal de Educação.
Departamento Pedagógico. Campinas, SP: 2013. P.19.
3
PARK, Margareth Brandini et. al. (Orgs.).
Educação Infantil –
arte, memória e meio-ambiente. Jundiaí
(SP): Árvore do Saber, 2005.
4
Experiência que acontece, passa, toca. Cf. BONDIÁ, Jorge Larrosa.
“Notas sobre a experiência e o saber de experiência”. Rev.
Bras. De Educ. no. 19, Rio de Janeiro, jan/abr. 2002.
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